Evento aconteceu em Matinhos, na Diocese de Paranaguá e reuniu os sacerdotes de todas as dioceses do estado
Nesta quarta-feira, 12 de março, último dia do Encontro dos Padres Coordenadores Diocesanos da Ação Evangelizadora do Paraná, o dia iniciou com a celebração da Missa, que foi presidida pelo padre Joel Nalepa, da diocese de Ponta Grossa; ladeado pelo padre Anderson Ulatoski, da diocese de Paranaguá; e pelo padre Lucas Pereira dos Santos, da diocese de Umuarama.
Os padres seguiram reunidos, em momentos de partilha e convivência fraterna, até o almoço. No período da tarde, eles irão realizar uma visita pastoral à sede nacional da Pastoral da Criança, em Curitiba (PR), onde encerrarão o encontro com o jantar. Entre as principais pautas tratadas no encontro estão: os preparativos da 45ª Assembleia do Povo de Deus, que se realizará no próximo mês de setembro, em Foz do Iguaçu (PR); as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora 2025; o Jubileu 2025; a ação missionária nas dioceses; a Iniciação à Vida Cristã (IVC); e a Pastoral da Criança.
O bispo de Paranavaí (PR) e secretário da CNBB Sul 2, dom Mário Spaki, que coordenou todo o encontro, destaca que foi um momento de troca de experiências e conhecimento entre os participantes, que são padres que tem uma função de grande importância na organização da pastoral das dioceses do Paraná.
Um dos momentos de destaque do encontro foi a partilha de experiências, segundo dom Mário. “Nós tivemos, no dia de ontem, uma partilha dos destaques. Assim, a gente se inspira um no outro, entre aspas, um vai copiando do outro. Além dos destaques, dialogamos sobre os desafios que temos, e são desafios grandes no âmbito da pastoral, da evangelização da juventude”, afirmou o bispo. Confira o vídeo com a fala completa de dom Mário:
O que é ser um padre Coordenador Diocesano da Ação Evangelizadora?
Os padres coordenadores da ação evangelizadora nas dioceses têm a missão de ajudar o bispo diocesano a organizar toda a ação pastoral. Eles ajudam a solucionar problemas e vencer desafios, propõe iniciativas, acompanham as ações em andamento. Tudo em sintonia com as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora do Brasil e do Paraná. Confira o que alguns padres do Paraná partilharam sobre sua missão nessa coordenação.
Padre Vagner Raitz está a 5 anos e meio na coordenação da ação evangelizadora na diocese de Palmas-Francisco Beltrão (PR) e definiu a sua missão como uma riqueza e um desafio.
“Na nossa diocese, nós podemos contar 37, entre pastorais, movimentos, serviços eclesiais, e isso é uma riqueza e, ao mesmo tempo, um desafio. Especialmente, o desafio da comunhão, porque nós corremos um risco de, muitas vezes, realizar caminhadas paralelas, particulares e, por isso, formar para a sinodalidade é o grande desafio. Dessas 37, nós podemos realizar processos comuns, eventos comuns e, muitas vezes, estarmos juntos para uma formação comum, o grande desafio é formar para a sinodalidade e, tanto mais rica será a ação evangelizadora, quanto mais sinodais nós formos com a diversidade que temos em nossas dioceses”.
Também a 5 anos e meio na coordenação da Toledo (PR), padre André Boffo Mendes afirma que a missão é exigente, mas muito necessária.
“De certa maneira, nós fazemos às vezes de ouvidoria, tudo aquilo que acontece na diocese chega primeiro à coordenação da ação evangelizadora, e depois nós fazemos esse trabalho iluminação da prática. Nós pegamos aquelas que são as alegrias ou os desafios, iluminamos com a Palavra, usamos e pedimos a Deus a inspiração para que a criatividade flua, para que então nós possamos conseguir novos caminhos e possamos ver também novas indicações evangelizadoras”, afirmou o sacerdote.
Na arquidiocese de Londrina, o coordenador é o padre Alexandre Alves dos Anjos. Ele destaca que a disponibilidade é essencial para quem assume essa função.
“O coordenador da ação evangelizadora tem que ser alguém disponível. Em primeiro lugar, disponível a escutar, disponível a achar caminhos para que o evangelho chegue no coração das pessoas. O coordenador tem, junto com a assessoria da ação evangelizadora, de fazer as perguntas certas para que o Evangelho chegue no coração de cada pessoa, de cada recanto da diocese. É um trabalho desafiador, é um trabalho grande, mas acima de tudo, é um trabalho que nos deixa muito felizes, porque pensamos como o Evangelho vai chegar no coração das pessoas”, disse padre Alexandre.
O padre João Sieklicki, coordenador na diocese de União da Vitória (PR), disse que vive sua missão como um peregrino de esperança.
“Ser padre da ação evangelizadora, primeiramente, é ser peregrino de esperança, é o primeiro passo. E, claro, trabalhar na realidade da diocese, com as pastorais que existem, os movimentos da Igreja, mas sempre com esta motivação de que todo cristão católico é um peregrino de esperança, seguindo as Diretrizes da Igreja no Brasil, as Diretrizes também da diocese, para, assim, dar prosseguimento à ação evangelizadora nos diversos campos da evangelização”, disse padre João.
____ Por Karina de Carvalho Nadal
Jornalista da CNBB Regional Sul 2
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