Motociclistas participam da 5ª Moto Romaria e levam fé e devoção às ruas de Paranaguá

Procissão motorizada saiu da Paróquia Santa Josefina Bakhita e percorreu a cidade até o Santuário Estadual

Na tarde deste sábado (1º), mais de 100 motociclistas tomaram as ruas de Paranaguá em um ato de fé e devoção durante a 5ª Moto Romaria em homenagem a Nossa Senhora do Rocio, padroeira do Paraná. A concentração aconteceu na Paróquia Santa Josefina Bakhita, no bairro Vale do Sol, de onde os participantes partiram em procissão até o Santuário Estadual do Rocio.

Criada há cinco anos, a Moto Romaria se consolidou como uma das manifestações mais aguardadas da Festa Estadual de Nossa Senhora do Rocio. Responsável pela organização da romaria, Valentino Robson Bueno destacou o orgulho de manter viva a tradição.

“Estamos há 25 anos coordenando procissões e é um prazer muito grande participar de mais um ano. Hoje e no dia 15 de novembro [Dia de Nossa Senhora do Rocio] é sempre uma alegria para a gente. Aqui temos cerca de 100 motos participando, e no dia 15 vamos ter uma novidade: a presença de 12 triciclos abrindo a principal procissão”, contou.

A tradicional bênção das motos e dos devotos foi conduzida pelo Pe. José Afonso Tremba, CSsR. “Eu acredito que este seja um dos momentos mais importantes neste início da festa. O mês de novembro é o mês de Maria, um tempo de muita alegria”.

Ele também lamentou a morte do motoboy Matheus Putrick de Lima, de 25 anos, que foi assassinado enquanto trabalhava ao lado da Paróquia. “Cada motociclista vai rezar a partir da sua moto, seja ela instrumento de trabalho ou de lazer”, destacou o sacerdote.

Devoção e gratidão

Entre os participantes, o sentimento era de gratidão e fé. A devota Bruna Dutra, que participa da Moto Romaria há três anos, afirmou que o momento representa uma oportunidade de agradecer pelas bênçãos recebidas. “Temos muito a agradecer a Nossa Senhora do Rocio. É sempre uma experiência de fé e gratidão”, disse.

Já Marcelo Naslowski Junior, amigo de Gustavo Meduna — devoto falecido e ex-presidente de motoclube Matilha BR-277 — emocionou-se ao lembrar do companheiro. “O Gustavo faz muita falta. Queremos continuar fazendo o que sempre fazíamos juntos, como os projetos sociais, os passeios. Agradecemos a Deus pela passagem dele e pela união que isso trouxe ao grupo. A moto é uma paixão e também um instrumento que nos aproxima na fé.”

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